sábado, 30 de junho de 2012



Angola 1968
Chegada do Batalhão que veio render o Batalhão de Artilharia 1924
Coimbra - São Salvador

sábado, 23 de junho de 2012



AS TROVOADAS DE CUIMBAhttp://www.prof2000.pt/users/secjeste/arkidigi/Angola/Cuimba/Cuimba005.jpg
Com o R3 e a serra da Canda por fundo as trovoadas em Cuimba eram assustadoras.

quinta-feira, 21 de junho de 2012




Tu Me Seduziste



Aqui fica uma homenagem ao Padre Rocha e Melo, que durante dois anos e Angola e depois já em Lisboa, foi um amigo de todos os camaradas do Bart 1924.

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CUIMBA DE HOJE

Vila do Cuimba volta a crescer


Membros do governo provincial e do municipio durante uma visita às obras públicas que estão a ser construídas no Cuimba
Fotografia: Adolfo Dumbo
Com a conquista da paz, muitos angolanos viram os seus sonhos realizados. Em nove anos tudo mudou para melhor. Em todo o país estão em execução propjectos no âmbito da reconstrução nacional. No município do Cuimba a qualidade de vida melhorou com os novos equipamentos construídos.
 Lopes Sebastião Gonga quando chegou a paz  conseguiu comprar quatro viaturas e uma casa na vila do Cuimba, província do Zaire, onde exerce as funções de comandante do segundo batalhão da 52ª brigada de infantaria das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Lopes Sebastião Gonga, conhecido nas lides militares por “Camaleão”, diz ter também reabilitado uma casa em Luanda, o que, segundo disse, era impossível em tempo de guerra.
Lopes Sebastião Gonga conta que ingressou nas extintas FAPLA a 28 de Abril de 1980, cinco anos depois da proclamação da Independência Nacional. Tinha na altura apenas 14 anos.
Apesar de ser menor,  partiu voluntariamente para a defesa da integridade e da soberania nacional. Homem robusto e de trato fácil, o comandante “Camaleão” lembra que, entre as várias batalhas em que teve participação directa, a do Cuito Cuanavale, contra os  invasores sul-africanos, foi a que marcou mais a sua vida militar, tendo em conta o seu impacto e envergadura no contexto africano.
“A ideia que existe é que, quem vai à guerra vai para morrer. Mas nem sempre isso acontece”, disse Lopes Sebastião Gonga, acrescentando que é com um sentimento de felicidade que vê o país celebrar 36 anos de independência.
“O país está a ser reconstruído. Hoje, posso andar por todo o território nacional sempre que quiser, sem problemas”, disse Sebastião Lopes Gonga.

No Cuimba, com a paz chegou também o progresso. Aos poucos a vida entrou na normalidade e a esperança renasceu entre os seus habitantes, porque há condições para relançar a economia.
As ligações com os outros municípios estão a melhorar e o comércio começa a ganhar um lugar importante no quotidiano das populações. Os sectores da educação e da saúde também estão a acompanhar o progresso e há cada vez mais oferta de escolas e cuidados de saúde em todas as comunidades.
 
Canteiro de obras  
A reconstrução nacional e o crescimento sócio-económico do país abrangem todos os municípios, comunas e povoações.
A vila do Cuimba, situada a cerca de 70 quilómetros de Mbanza Congo, está a reerguer-se dos escombros da guerra com a construção de numerosas infra-estruturas de impacto social, no quadro do programa do Executivo de combate à pobreza através do desenvolvimento sustentado das comunidades rurais e das comunas.
Cuimba está transformada num canteiro de obras, fruto da construção de empreendimentos como o edifício da administração local, a repartição municipal da Saúde e duas habitações do tipo T4 e T3, para a administradora municipal e o seu adjunto.
Estão igualmente em construção três escolas com oito salas, sendo duas do primeiro ciclo do ensino secundário e outra do segundo ciclo, assim como o hospital municipal e a maternidade, a dependência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) e as instalações do Comando Municipal da Polícia Nacional.
O hospital e a maternidade vão resolver muitos problemas às comunidades do município do Cuimba que agora têm de se deslocar a Mbanza Congo para terem cuidados diferenciados de saúde.
A administradora municipal do Cuimba, Fernanda Sumbo Guerra, destacou a importância das obras, porque melhoram as condições de vida e vão mudar a imagem da vila fronteiriça ainda caracterizada por várias construções precárias. 
“O município foi um quartel militar no passado, daí que carece de infra-estruturas, para pôr a funcionar os vários órgãos aqui existentes. É benéfico para nós, porque pretendemos com o projecto munir os nossos funcionários de condições adequadas para desenvolverem o seu trabalho”, esclareceu a administradora Fernanda Sumbo Guerra.
A administradora disse à nossa reportagem que o início das chuvas tem atrasado algumas obras: “se não fossem as chuvas que se abatem na região e que retardaram a conclusão de algumas obras, estariam já inaugurados 16 empreendimentos, dos 19 previstos”.
A maior parte das habitações está ligada à rede eléctrica, que recebe energia de um grupo gerador.
Outro grupo gerador serve a rede de iluminação pública do Cuimba e a distribuição de energia pode ser considerada satisfatória.
 
Estrada degradada  
O processo de desenvolvimento do município do Cuimba tem um obstáculo que é preciso remover com urgência.
A via de terra batida que liga a vila a Mbanza Congo está degradada devido à chuva e à falta de manutenção permanente.
Quando chove, os pneus das viaturas perdem aderência no terreno escorregadio e desnivelado, com subidas e descidas, tornando  a condução muito perigosa.
Raimundo Joaquim, motorista da Direcção Provincial das Edições Novembro no Zaire, viu as suas habilidades de condução postas à prova. A condução exigia cautelas, devido à chuva que caía na altura, quando nos dirigíamos à vila do Cuimba, para fazer esta reportagem. A província do Zaire continua a ter na sua rede viária o “elo mais fraco” porque qua nto ao resto, a reconstrução nacional chegou em força e começam a surgir equipamentos sociais em todas as vilas e comunas da província.
A administradora municipal do Cuimba,Fernanda Sumbo Guerra, admitiu que a reabilitação da estrada pode acontecer no próximo ano, tendo em conta a sua importância para o processo de desenvolvimento sócio-económico da região.  
“Este ano está no fim, mas posso garantir que no próximo ano o problema da estrada e das pontes fica resolvidos”, disse, sublinhando que o Governo Provincial está empenhado na sua materialização.   
Neste momento está a ser colocado asfalto na estrada que liga a cidade de Mbanza Congo à localidade do Luvo, num total de 62 quilómetros, devendo prolongar-se até ao município de  Nóqui na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC). Outras estradas da província estão em obras de reabilitação, com destaque para a estrada que vai ligar ao Bengo e a Luanda, com perfil de via rápida e que vai colocar a província do Zaire mais próxima do resto do país e sobretudo com melhores ligações para as províncias vizinhas.
Satisfeito com o grau de execução das obras em curso no Cuimba, o vice-governador do Zaire, Rogério Eduardo Zabila, exortou os habitantes a darem o seu contributo ao processo de reconstrução nacional. A taerefa de reconstruir Angola exige o esforço e a mobilização de todos os angolanos.
“A unidade entre os angolanos é indispensável para o cumprimento dos vários programas que são gizados pelo Executivo. Todos somos importantes neste processo, ninguém está de fora, o país é nosso e somente nós podemos construí-lo”, disse Rogério Eduardo Zabila aos habitantes do Cuimba .
O vice-governador da província do Zaire afirmou que hoje, mais do que nunca, o país está a viver momentos de prosperidade, fruto das grandes conquistas dos angolanos, como a independência e a paz: “por isso é dever de todos nós preservarmos a paz e darmos tudo pela reconciliação nacional”.


OUTRA VEZ CUIMBA


Edifício do comando, messe dos oficiais e o R3 à esquerda junto à piscina que não se vê.